Faz em Abril 25 anos que a Assembleia da República discutiu a legalização do aborto. Um deputado do CDS esclareceu o hemiciclo sobre a razão do NÃO: «O acto sexual é para ter filhos», exclamou João Morgado. A resposta de Natália Correia em forma de poema obrigou à interrupção dos trabalhos parlamentares. É importante recordá-lo nos dias de hoje e sempre que a hipocrisia invade o debate sobre a despenalização da mulher que abortou.
Já que o coito - diz Morgado - tem como fim cristalino,
preciso e imaculado fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão sexual petisco manduca,
temos na procriação prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento, lógica é a conclusão
de que o viril instrumento só usou - parca ração! - uma vez.
E se a função faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção, ficou capado o Morgado.
Fonte: Blocomotiva
preciso e imaculado fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão sexual petisco manduca,
temos na procriação prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento, lógica é a conclusão
de que o viril instrumento só usou - parca ração! - uma vez.
E se a função faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção, ficou capado o Morgado.
Fonte: Blocomotiva
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