04 janeiro 2007

O silêncio (Eugénio de Andrade)

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

1 comentário:

Reinaldo nunes disse...

Lindíssima página, continue escrevendo.................




www.reinaldornp.blogspot.com
São Caetano do Sul-SP