Ontem, ao final do dia, estava cansada, mas tão cheia de
coisas boas! Coisas tão boas com origem neste exercício de criação de metáforas que me apeteceu
logo partilhá-las com quem e para quem as tinha feito! Mas faltou-me a energia…
Hoje, quando acordei, essa boa energia continuava cá.
Reli-nos. Revi mentalmente os momentos que depois aconteceram cá por casa. E
aqui vai a partilha!
Andamos cá por casa numa
espécie de campeonato de jogos de tabuleiro. O Tiago anda numa maré de ganhar
ao Pedro quase que sistematicamente e desafiou-me para jogar com ele. Tinha já
feito a metáfora da Ana, mas andava às voltas com a da Maria e disse-lhe: “deixa-me
terminar primeiro este meu TPC”.
– Isso até tem graça! Costumas ter muitos TPCs, mãe? –
perguntou o Tiago.
Estava tão divertida e
satisfeita com o que tinha feito para a Ana que lhe disse que depois o
partilharia com ele. E partilhei. Comecei por lhe perguntar se ele sabia o que
era uma metáfora.
– Já não me lembro muito bem, mas acho que é tipo (lá
está o “tipo”) uma comparação….
– Sim, na gramática de português, é uma espécie de
comparação. Mas nisto que a mãe está a fazer (e ele tem uma noção geral do que
é este curso da PNL e do intuito com que o estou a fazer), uma metáfora é uma
espécie de uma comparação, sim, mas que é usada com o objetivo de te ajudares
ou ajudares alguém a encontrar uma resposta a uma situação incomodativa ou que
não se está a conseguir resolver.
– Tipo, como no outro dia quando me tentaram roubar a
bicicleta e tu me contaste uma história de quando eras pequena?
Perante esta resposta
“enchi”! E enchi mais ainda depois de lhe ter lido as metáforas que construí
para as duas.
À tua Maria, reagiu com um
sorriso malandro e diz-me:
– Oh mãe! Isso pareces mesmo tu! Por exemplo, quando eu
deixo as minhas coisas do lanche em cima da mesa e tu avisas-me assim, como
quem não quer a coisa, bem-disposta. Depois dás-me outro aviso por qualquer
coisa que eu não tenha feito bem. E vais-me dando avisos, a mim e ao pai… e
depois chegas à hora de jantar e já nos avisas muito maldisposta! 😊
À tua Ana, reagiu de uma
forma tão inesperada… (Quando nos permitimos a isso, os miúdos surpreendem-nos
a toda a hora!)
Li-lhe a tua metáfora e mais
do que um comentário à mesma, conseguiu estabelecer uma ligação fora do teu
contexto, de uma forma tão clara, completamente “on-target” e que a mim
me tinha escapado totalmente….
–
Está gira essa estória! Percebe-se bem! Mas sabes de quem é que parece que
estás a falar? Da Matilde! (a minha sobrinha, da idade dele) Essa miúda é tão
igual à Matilde! – E não é que é?
A Matilde está a passar uma
fase em que a situação que queres resolver, Ana, está muito presente.
Obviamente por questões distintas, mas está, de facto, a passar por aquele
turbilhão de emoções tão típico da adolescência, e o seu comportamento mais
comum, neste momento, é o de explosão com tudo e com todos, muitas vezes sem
razão aparente.
Fiquei tão orgulhosa dele!
Obrigada meninas!
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