A pergunta surge, não sei muito bem vinda de onde... Ou melhor, saber até sei... Percebê-la... até percebo, embora seja para mim tarefa um pouco dificil compreendê-la.
Surge do facto de escrever algo a alguém que só daqui por uns anos terá a capacidade de compreender o que lhe escrevi: A Marta (hoje com 7 meses e 1 dia)!
Mas porque será que tal é percepcionado como um facto assim tão estranho? Porquê não contar à Marta o que hoje somos, o que sentimos, e o que ela nos faz sentir?!?!
Faz hoje exactamente 7 meses que a vi pela primeira vez... E desse primeiro encontro retive todos os pormenores.
Detalhes de que nunca se irá recordar a não ser pela memória dos outros. É este o motivo pelo qual escrevo à Marta.
Enquanto não pode fazê-lo ela própria, porque não escrevermos nós o "seu primeiro diário"?
Uma forma engraçada de nos relembrarmos também dos momentos únicos que dizem as mamãs: "nunca me irei esquecer"; e que eventualmente ficarão, por sorte, registados nos famosos "Livros do Bebé".
A minha primeira conversa com a Marta foi intensa. Fui "tia de verdade" pela primeira vez (tal como diria a Carlota - a minha sobrinha emprestada de 5 anos); mas foi também muito divertida.
Surge do facto de escrever algo a alguém que só daqui por uns anos terá a capacidade de compreender o que lhe escrevi: A Marta (hoje com 7 meses e 1 dia)!
Mas porque será que tal é percepcionado como um facto assim tão estranho? Porquê não contar à Marta o que hoje somos, o que sentimos, e o que ela nos faz sentir?!?!
Faz hoje exactamente 7 meses que a vi pela primeira vez... E desse primeiro encontro retive todos os pormenores.
Detalhes de que nunca se irá recordar a não ser pela memória dos outros. É este o motivo pelo qual escrevo à Marta.
Enquanto não pode fazê-lo ela própria, porque não escrevermos nós o "seu primeiro diário"?
Uma forma engraçada de nos relembrarmos também dos momentos únicos que dizem as mamãs: "nunca me irei esquecer"; e que eventualmente ficarão, por sorte, registados nos famosos "Livros do Bebé".
A minha primeira conversa com a Marta foi intensa. Fui "tia de verdade" pela primeira vez (tal como diria a Carlota - a minha sobrinha emprestada de 5 anos); mas foi também muito divertida.
Falámos ...
- de democracia: "É melhor a menina aprender desde já que lá em casa quem manda são as mulheres". É essencial ensiná-los bem desde que chegam a este mundo!
- de beleza. Ela era linda! Com ar de mexicanita. Ou como continua a dizer a Carlota num tom muito ternurento: "Ela é linda! Tem cara de ratita!"
- de estética... Sim porque apesar de linda, quando cá chegou, a Marta tinha umas unhas já crescidotas: "Não Marta, a menina ainda não tem idade para unhas de gel! Quando for maior, então sim, a tia leva-a à Dulce."
- ainda sobre beleza... sobre a beleza interior. Sobre a beleza do que nos conseguiu a todos fazer sentir. Da frescura que trouxe a todas as nossas vidas. Dos sentimentos que julgamos sempre já ter vivido, mas que nos surgem sempre como uma novidade avassaladora.
De lá para cá, muitas têm sido as conversas que temos tido. Umas mais "profundas" do que outras, mas todas elas únicas...
Mais que tudo, o que vamos, entrelinhas, ensinado à Marta, esperando que de facto profundamente se enraíze... é a arte do dar e receber.
Num contexto completamente distinto, não tão cor-de-rosa como o da Marta, dizia uma criança ter encontrado "no dar aos outros" a sua fonte de alegria e de felicidade. Ao que alguém lhe respondia que "Há muita gente que nunca descobre essa verdade."
Espero que a Marta a descubra um dia!
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